Escrever um poema é um processo de desalfabetização.
Pedalo
Por um
segundo,
Por um
metro de vento,
Hipnotizo
um para-choque;
Paraliso
o tempo.
Sigo
lento,
Fito os
olhos; vidros,
As peles
plásticas, bocas
buzinas,
os metais-corações.
Paro;
E amarro
o metro
E o
segundo de vento,
Amarro-os
na grade do prédio,
Ainda
quente por dentro.
E sigo
lento,
Com meus
olhos; vidros,
Minha
pele plástica, boca
buzina,
meu metal-coração.
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